Os Plaggio e os Stone Slaves foram os grandes vencedores deste fim-de-semana nos festivais para bandas de garagem que vínhamos acompanhando nas últimas semanas.
No 13º Festival de Música Moderna Portuguesa foram os Plaggio que ganharam a final do concurso ontem à noite, onde estavam também presentes os Urban Technic e Vasco Balio & Os Luvas de Amianto. Perante o muito público que se deslocou ao recinto do Largo do Souto e que ouviu finalmente um dia do festival com o som perfeito, das três bandas em palco o prémio foi bem entregue aos Plaggio, embora, em nossa opinião ficasse também muito bem entregue aos Urban Technic.
Parabéns a todas as bandas presentes, várias das quais mereceriam estar também na final. Esse assunto já foi bastante comentado por vários leitores do blogue, nomeadamente no que se refere aos Ashes. Realmente seria bastante complicado aos Ashes (banda de Tomar) estarem presentes na final, uma vez que os finalistas são anunciados na madrugada da mesma. E os Ashes, pela sua qualidade, pelo concerto que deram, mereciam estar na final. Pensamos que este facto, que tem que ser revisto com urgência, prejudicou os próprios Ashes, de entre todos os aspectos em que foram avaliados. E isto torna a participação de bandas de áreas mais afastadas bastante perversa. Mesmo para as outras bandas, todas elas da área do grande Porto, é difícil preparem a final com menos de um dia de antecedência e tendo em conta que têm que estar à tarde em Gondomar para o teste de som...
É claro que nos podem dizer que as bandas já estão avisadas para a orgânica do festival quando se inscrevem. No entanto, não nos parece que haja sequer uma banda que concorde com que os finalistas sejam anunciados no próprio dia da final. E isso levaria a que, em último caso, nenhuma banda se inscrevesse. E não é isso que está em causa porque as bandas que participam, normalmente estão numa fase de crescimento em que, o que querem mesmo, é estar em palco a fazer o que mais gostam. Essa é a grande premissa para se inscreverem.
Foi também aqui comentado outro aspecto que terá prejudicado os Ashes, assim como outras bandas como os Urban War, por exemplo: o facto de cantarem em língua estrangeira (neste caso em inglês). Se assim acontecesse, já não nos pareceria justo de todo. Todas as seis bandas apuradas (as finalistas e suplentes) cantam em português. Será coincidência? Esperemos que sim ou então estaríamos perante o "Festival de Música Moderna Cantada em Português" e não o "Festival de Música Moderna Portuguesa". Acreditamos que, a partir do momento em que a organização selecciona uma banda a trata e avalia de igual modo e pelos mesmos parâmetros que todas as outras. Ou não valeria a pena avaliá-la, partindo, desde logo, de pressupostos descriminatórios.
Isto, claro, sem colocarmos em causa a qualidade dos finalistas. A nosso ver todos eles tinham qualidade para estar na final e não é isso que está em causa. Até porque, a partir de determinado patamar, as escolhas já dependem das preferências pessoais de cada um.
Gostaríamos também de salientar a actuação dos Come na Rua. Em todo o festival foram, sem sombra de dúvida, a banda mais prejudicada pela falta de qualidade do som (que, no geral, deixou um pouco a desejar). É uma banda que já conhecemos de outros concertos e, na sexta-feira, esteve irreconhecível, infelizmente por razões que não são da sua responsabilidade. É óbvio que nunca poderia passar à final quando tantas foram as falhas de som em quase todas as músicas. E era muito difícil qualificar a sua actuação naquelas condições. Para nós, o prémio originalidade do festival vai para os Come na Rua, que percorrem tantos estilos musicais durante um concerto e com tanta qualidade.
Já no que diz respeito ao Vieira Rock, foram os Shaman's of Rock e os Stone Slaves os apurados das meias-finais de quinta e sexta-feira, sendo que foram os Stone Slaves os grandes vencedores no sábado. Uma palavra aqui para os Shaman's of Rock, uma banda em plena ascensão. Basta ver que foram recentemente vencedores do festival de bandas de Barcelos, concelho que tantas bandas e com tanta qualidade apresenta. E uma palavra também para os vencedores, que ajudam a manter o Grunge bem vivo e, pelos vistos, com bastante qualidade...
Agradecemos as informações que nos foram cedidas pelos Mind Effect e pelos Stone Slaves sobre o festival.
Parabéns a todas as bandas dos dois festivais porque, apesar de falarmos aqui em "vencedores", é verdadeiramente a música portuguesa que vence todos os dias numa garagem perto de nós...
Podem ver os vídeos das bandas que actuaram no Festival de Gondomar no canal d'A Nova Música Portuguesa no youtube.
No 13º Festival de Música Moderna Portuguesa foram os Plaggio que ganharam a final do concurso ontem à noite, onde estavam também presentes os Urban Technic e Vasco Balio & Os Luvas de Amianto. Perante o muito público que se deslocou ao recinto do Largo do Souto e que ouviu finalmente um dia do festival com o som perfeito, das três bandas em palco o prémio foi bem entregue aos Plaggio, embora, em nossa opinião ficasse também muito bem entregue aos Urban Technic.
Plaggio no Festival de Gondomar
Parabéns a todas as bandas presentes, várias das quais mereceriam estar também na final. Esse assunto já foi bastante comentado por vários leitores do blogue, nomeadamente no que se refere aos Ashes. Realmente seria bastante complicado aos Ashes (banda de Tomar) estarem presentes na final, uma vez que os finalistas são anunciados na madrugada da mesma. E os Ashes, pela sua qualidade, pelo concerto que deram, mereciam estar na final. Pensamos que este facto, que tem que ser revisto com urgência, prejudicou os próprios Ashes, de entre todos os aspectos em que foram avaliados. E isto torna a participação de bandas de áreas mais afastadas bastante perversa. Mesmo para as outras bandas, todas elas da área do grande Porto, é difícil preparem a final com menos de um dia de antecedência e tendo em conta que têm que estar à tarde em Gondomar para o teste de som...
É claro que nos podem dizer que as bandas já estão avisadas para a orgânica do festival quando se inscrevem. No entanto, não nos parece que haja sequer uma banda que concorde com que os finalistas sejam anunciados no próprio dia da final. E isso levaria a que, em último caso, nenhuma banda se inscrevesse. E não é isso que está em causa porque as bandas que participam, normalmente estão numa fase de crescimento em que, o que querem mesmo, é estar em palco a fazer o que mais gostam. Essa é a grande premissa para se inscreverem.
Foi também aqui comentado outro aspecto que terá prejudicado os Ashes, assim como outras bandas como os Urban War, por exemplo: o facto de cantarem em língua estrangeira (neste caso em inglês). Se assim acontecesse, já não nos pareceria justo de todo. Todas as seis bandas apuradas (as finalistas e suplentes) cantam em português. Será coincidência? Esperemos que sim ou então estaríamos perante o "Festival de Música Moderna Cantada em Português" e não o "Festival de Música Moderna Portuguesa". Acreditamos que, a partir do momento em que a organização selecciona uma banda a trata e avalia de igual modo e pelos mesmos parâmetros que todas as outras. Ou não valeria a pena avaliá-la, partindo, desde logo, de pressupostos descriminatórios.
Isto, claro, sem colocarmos em causa a qualidade dos finalistas. A nosso ver todos eles tinham qualidade para estar na final e não é isso que está em causa. Até porque, a partir de determinado patamar, as escolhas já dependem das preferências pessoais de cada um.
Gostaríamos também de salientar a actuação dos Come na Rua. Em todo o festival foram, sem sombra de dúvida, a banda mais prejudicada pela falta de qualidade do som (que, no geral, deixou um pouco a desejar). É uma banda que já conhecemos de outros concertos e, na sexta-feira, esteve irreconhecível, infelizmente por razões que não são da sua responsabilidade. É óbvio que nunca poderia passar à final quando tantas foram as falhas de som em quase todas as músicas. E era muito difícil qualificar a sua actuação naquelas condições. Para nós, o prémio originalidade do festival vai para os Come na Rua, que percorrem tantos estilos musicais durante um concerto e com tanta qualidade.
Já no que diz respeito ao Vieira Rock, foram os Shaman's of Rock e os Stone Slaves os apurados das meias-finais de quinta e sexta-feira, sendo que foram os Stone Slaves os grandes vencedores no sábado. Uma palavra aqui para os Shaman's of Rock, uma banda em plena ascensão. Basta ver que foram recentemente vencedores do festival de bandas de Barcelos, concelho que tantas bandas e com tanta qualidade apresenta. E uma palavra também para os vencedores, que ajudam a manter o Grunge bem vivo e, pelos vistos, com bastante qualidade...
Agradecemos as informações que nos foram cedidas pelos Mind Effect e pelos Stone Slaves sobre o festival.
Parabéns a todas as bandas dos dois festivais porque, apesar de falarmos aqui em "vencedores", é verdadeiramente a música portuguesa que vence todos os dias numa garagem perto de nós...
Podem ver os vídeos das bandas que actuaram no Festival de Gondomar no canal d'A Nova Música Portuguesa no youtube.
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