quinta-feira, 19 de junho de 2008

"Entrevista com...": The Profilers

Os The Profilers são uma das bandas finalistas do Rockastru's do próximo sábado e já não são propriamente uns desconhecidos, apesar da sua ainda curta carreira. Fomos ao encontro da banda para os conhecermos melhor e para sabermos em que ponto estão e como projectam o seu futuro. Pelo caminho, a inevitável final.

Para quem não vos conhece, quem são os The Profilers?
Antes de mais, um grupo de amigos de (muito) longa data, com uma coisa em comum: o amor incondicional pela música. San, a vocalista; o Mr. Big no baixo; nas guitarras Fat Franco e Mr. Night; Lieu-Tenant Frank nas teclas e The Maniac na bateria… por vezes o Dj. Pitosga na percussão.


Qual a origem do vosso nome?
A música, a estética, o nome… The Profilers. Quatro dos membros da banda tinham outra banda na altura e, para que as coisas não se confundissem, achamos por bem que cada um de nós deveria apresentar-se através de um “alter ego”. Como tal, criamos um perfil para cada um dos elementos e talvez tenha sido por isso, mas não nos recordamos bem. Também havia uma série, de que a San era fan, “Profiler”... Enfim, soava bem e achámos que estava de acordo com a estética e ambientes sonoros que estávamos a criar.


Que influências são visíveis na vossa música?
Todas as bandas e músicas de que todos nós gostamos. Do jazz ao blues, do velho rock and roll à world music, da bossa ao fado, and so on, and so on…


São ainda uma banda com pouco mais de um ano, mas têm tido uma ascensão bastante interessante, a nosso ver, até porque não têm editora. Qual a importância que encontram nos festivais para bandas de garagem como o Rockastru’s? Fazemos esta pergunta uma vez que, ao contrário de muitas bandas que ganham esse tipo de festivais e, a seguir, quase desaparecem, vocês têm aparecido cada vez mais devido a vitórias consecutivas nesses mesmos festivais.
Para quem não tem discos no mercado é difícil ter um feedback próximo do que se pode chamar crítica, bem como ver o trabalho avaliado imparcialmente. O público dos concertos começa por ser formado por amigos e conhecidos, muito importantes, cruciais mesmo no início de carreira, mas cuja opinião dificilmente é de todo imparcial. Estes eventos, cujos organizadores felicitamos e agradecemos, servem para expor o trabalho a opiniões externas e proporcionam alguma projecção. Para nós, a decisão de concorrer a cinco / seis que consideramos importantes foi consensual e tomada no sentido de termos um barómetro da reacção ao nosso trabalho. Essa foi a motivação. Os resultados foram uma consequência, muito boa, na nossa opinião. Percebemos que o ecletismo e diversificação das sonoridades que estávamos a criar e a tocar e sobre os quais construímos a nossa identidade, eram uma aspecto positivo, mas, acima de tudo, fizemos muitos amigos, entre bandas, organizações e o demais pessoal envolvido. No fundo, acho que estes eventos são importantíssimos, não só para chegar ao público e ver o trabalho avaliado, mas também para entrar no circuito da nova música portuguesa. Quanto a desaparecer, acho que isso por vezes de deve a questões de logística e disponibilidade, o que é uma pena, porque se perdem projectos com grande potencial. No nosso caso, o facto de sermos amigos desde que nos lembramos, a juntar aos bons resultados que temos obtido são uma motivação extra para dedicarmos cada vez mais tempo a fazer aquilo que mais gostamos e, como somos teimosos, estamos preparados para andar nisto tanto tempo quanto pudermos.


Como estão as gravações do vosso CD-EP de estreia conseguido com a vitória no Festival de Corroios?
Bem! Começámos no início de Junho, e as coisas estão a evoluir a bom ritmo. O ambiente é muito bom e descontraído, sem pressões, o que ajuda bastante. Não temos propriamente um prazo a cumprir, o que nos permite dar muita atenção aos detalhes. A maioria dos temas já os andamos a tocar há cerca de um ano, como tal já sofreram algumas alterações. Presentemente andamos a estruturar algumas coisas e as opiniões de quem nos está a produzir o CD-EP são sempre bem-vindas.


À parte a vossa banda, de todas as que passaram no Rockastru’s, quais as que acham que mereciam ganhar?
O Rockastru’s é uma referência no circuito de festivais de música moderna, como tal, é muito difícil escolher. Cada um de nós tem as suas preferências no que respeita ao estilo de uma ou outra banda, mas reconhecemos enorme qualidade no trabalho de todos, que muito respeitamos.


Como está a vossa agenda para o verão?

Suficientemente preenchida, mesmo estando a gravar. Fizemos uma pausa nos concertos entre meados de Maio e de Junho, depois de um início de ano que superou as nossas melhores expectativas em termos de agenda. Depois da Final do Rockastru’s vamos regressar ao Maxime, sala onde nos sentimos em casa e, logo a seguir, o Super Bock Super Rock, o que, com pouco mais de um ano de existência, é um marco importante. Em Agosto vamos continuar a experiência pelos palcos de exterior, com o Byonritmos e as Festas de Corroios, entre outros contactos com datas por confirmar para os meses de Verão, que vamos fechar em Cáceres, Espanha, em finais de Setembro, para tocar um par de temas e receber o prémio POP EYE para banda revelação portuguesa do ano.


Alguma mensagem que queiram deixar às outras bandas finalistas?
Os festivais são sempre muito importantes, mas o mais importante no dia 21 vai ser a festa no Kastru's Bar – casa de referência por onde têm passado algumas das melhores bandas do país – e para mais com um público muito fiel, à procura de música alternativa, logo receptivo a todos os géneros de música. A todos desejamos que tudo corra muito bem e que consigamos fazer uma grande festa.

Para mais informações sobre a banda vão a:
http://www.myspace.com/theprofilers7

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